A iluminação em ambientes compactos exige mais do que uma boa luminária. Exige criatividade. Em projetos de metragem reduzida, pensar a luz de forma inteligente pode não apenas valorizar o espaço, como torná-lo mais funcional, acolhedor e visualmente leve.
“Em espaços pequenos, todo excesso se torna poluição visual. A iluminação precisa ser precisa e sensível, com soluções que otimizem o ambiente sem interferir na sua fluidez”, afirma Edson Gomes, CEO da LabLuz.
Uma das estratégias mais eficazes é o uso da luz indireta. Fitas de LED embutidas em sancas, prateleiras ou móveis sob medida criam um efeito difuso que amplia a sensação de profundidade, evita sombras marcadas e contribui para uma atmosfera mais suave. Outro ponto positivo é que essas soluções ficam praticamente invisíveis, liberando teto e paredes de interferências visuais.
Optar por fontes embutidas ou integradas ao mobiliário ajuda a manter a organização e leveza do espaço. “A ideia é que a iluminação cumpra sua função de forma discreta, complementando o projeto sem competir com ele”, explica Edson.
Luminárias no forro também cumprem bem esse papel. Spots direcionáveis podem destacar pontos específicos, como bancadas e estantes, sem criar excesso de informação. Quando não há rebaixo de gesso, perfis lineares ou plafons de desenho limpo são boas alternativas para distribuir a luz de maneira equilibrada.
Outro aspecto técnico importante está na temperatura de cor. “A luz quente, em torno de 2700K, costuma ser a mais agradável para ambientes residenciais. Isso porque, ao contrário de espaços técnicos ou corporativos, a casa não exige níveis tão altos de foco e concentração, o que permite privilegiar o conforto”, afirma o CEO da LabLuz. “A ideia é criar um lar que acolha, e não que estimule em excesso. A iluminação tem papel fundamental nisso.”
Além da escolha das fontes e tonalidades, o layout luminotécnico precisa considerar a ocupação do espaço. É importante evitar sombras em áreas de uso intenso, como cozinhas e banheiros, e distribuir os pontos de forma a garantir conforto visual, eficiência e fluidez.
“Iluminar bem é tornar o ambiente mais generoso com quem o habita. Em espaços reduzidos, isso exige atenção redobrada aos detalhes técnicos e às sensações que queremos despertar”, conclui Edson.
