Memórias Encontradas Entre a Solidariedade e a Perseguição chega ao Brasil nesta segunda-feira (29) depois de passar pela Argentina, Uruguai e Chile e pode ser visitada de 29 de julho até 16 de agosto no Foyer do Multipalco, com entrada franca. A exposição traz a história de homens e mulheres que no golpe de Pinochet – em 11 de setembro de 1973 –, ingressaram na Embaixada da Argentina, em Santiago do Chile, em busca de refúgio. Após 40 anos do retorno à democracia na Argentina e 60 anos depois do golpe de Estado no Brasil, esses exercícios de memória são imprescindíveis. Muitas e muitos eram brasileiras e brasileiros que não podiam regressar ao Brasil e foram perseguidos pelas ditaduras militares do Cone Sul.

 

A segunda metade do século XX no Cone Sul da América Latina foi atravessada por regimes ditatoriais que deixaram um saldo atroz: dezenas de milhares de mortes e desaparecimentos, prisão política, torturas, exílio maciço, deslocamentos forçados internos, desemprego e uma profunda reforma econômica em detrimento das classes populares. Existiu durante essas décadas uma colaboração estreita entre militares de distintos países, intercâmbio de informação, pedidos de captura e ações repressivas: a denominada Operação Condor. Recuperar esses registros do passado que dão conta das luzes e sombras da história da nossa região é estabelecer uma referência para pensar nossas democracias, que emergiram do horror e que têm contas a acertar.

 

Resultado da parceria do Movimento de Justiça e Direitos Humanos do Brasil e da Comisión Provincial por la Memoria da Argentina, com o apoio do Memorial do Rio Grande do Sul, Secretaria da Cultura do RS, Fundação Theatro São Pedro, Universidade Federal do Rio Grande do Sul através do Curso de Museologia, Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio (PPGMusPa/UFRGS) e Grupo Sépia UFRGS, Sigmund Freud Associação Psicanalítica e Coletivo Testemunho e Ação, a mostra traz registros entre fotografias, documentos produzidos pela repressão e depoimentos que permitem reconstituir o desespero daqueles dias.

 

Também compõe a exposição mesas de debate, exibição de documentários e visitas guiadas.

 

Abertura: 29 de julho, segunda-feira

Hora: 19h

Mesa de debate com Tabajara Ruas, José Rogério Licks e mediação de Zé Victor Castiel

Local: Teatro Oficina Olga Reverbel, no Multipalco

Hora: 19h30

 

Exibição do documentário inédito “Terrorismo de Estado: Operação Condor”

Dia: 5 de agosto, segunda-feira

Hora: 19h

Mesa de debate com Nilson Cezar Mariano, Marco Antonio Villalobos e mediação de Jair Krischke

Local: Teatro Oficina Olga Reverbel, no Multipalco

Hora: 19h30

 

Exibição do documentário “Harald Edelstam: o nome da esperança”

Dia: 12 de agosto, segunda-feira

Hora: 18h

Visita mediada e conversa com o diretor do documentário, Marco Antonio Villalobos

Local: Teatro Oficina Olga Reverbel, no Multipalco

Hora: 18h30

 

Memórias Encontradas entre a solidariedade e a perseguição

29 de julho, segunda-feira, às 19h

Roda de conversa 19h30

Visitação até 16 de agosto de 2024, 10h às 19h, de segunda-feira a domingo

Multipalco do Theatro São Pedro I Praça Marechal Deodoro, s/n.°, Centro Histórico

Porto Alegre/RS – Brasil

Entrada franca

 

Pauta: Theatro São Pedro/Imprensa