
Caio Fontenelle, do restaurante Figueira, observa mudanças no comportamento dos clientes em ocasiões especiais como o Dia das Mães, Páscoa e Dia dos Namorados
Feriados e datas comemorativas valorizam a confraternização familiar e representam a união ao redor da mesa. Mais do que um reflexo no consumo, eles movimentam os restaurantes por promoverem encontros significativos, tornando-os palco para a construção de memórias afetivas.
No Figueira Restaurante, especializado em carnes nobres assadas na parrilla, esses momentos são acompanhados de perto. Caio Fontenelle, dono do estabelecimento, aponta o aumento de clientes e faz uma análise dos comportamentos deles durante três datas especiais do calendário brasileiro: Dia das Mães, Páscoa e Dia dos Namorados.
Dia das Mães
A data mais recente, o Dia das Mães, se destaca pela atmosfera familiar. “É um domingo especial, com famílias inteiras reunidas para celebrar as mães, avós e tias. As mesas costumam ser grandes, com 10, 12, até 15 pessoas. E o mais bonito é ver como as pessoas aproveitam o tempo juntas: almoçam com calma, conversam, brindam, compartilham ideias. É uma experiência afetiva mesmo”, conta o proprietário.
Neste ano, o movimento no restaurante cresceu significativamente na data: 37% comparando a dias comuns.
Domingo de Páscoa
Já o Domingo de Páscoa é especial por outro motivo: após os hábitos alimentares adotados por muitos religiosos durante a Quaresma, eles decidem aproveitar o dia para se permitir, celebrar em família e comer bem. Neste ano, o Figueira Restaurante apresentou uma movimentação acima da média — um aumento de 28% foi registrado — reforçando o papel destas datas na criação de momentos únicos.
Dia dos Namorados
Já o Dia dos Namorados traz uma dinâmica completamente diferente. “É uma noite que começa cedo e vai até tarde. Ao contrário do Dia das Mães, que recebemos famílias inteiras, no Dia dos Namorados são mesas de dois — casais querendo viver uma experiência diferenciada. É tudo mais intimista, com pedidos mais elaborados, sofisticados e clima de celebração a dois”, descreve o empresário.
Mesmo com mesas menores, o movimento é intenso e constante ao longo da noite. Caio revela que, neste dia, costuma começar a atender por volta das 17h30min e permanece com filas até 1h da manhã. Como consequência, o faturamento ganha de todos os outros dias — chegando a aumentar cerca de 46% sob a média normal de consumo do restaurante.
“Mais do que números, as datas comemorativas mostram o quanto as pessoas estão buscando sair de casa para viver experiências significativas. É gratificante ver que voltamos a valorizar o convívio. A comida se torna o cenário para algo maior: o reencontro, a homenagem, o afeto”, conclui Caio.