
Paraty é um dos destinos que entendem essa nova demanda
Não basta mais visitar. O novo viajante quer viver. Quer tocar, sentir, conversar com os moradores, conhecer os artistas da região, entender a alma do lugar. O turismo imersivo cresce como uma das maiores tendências globais e redefine a forma como nos relacionamos com os destinos que escolhemos. Em vez de roteiros apressados e registros para as redes sociais, a busca agora é por experiências que envolvam o corpo, os sentidos e a escuta.
Cidades com forte identidade cultural, como Paraty, têm se destacado nesse movimento. E dentro desse novo mapa da sensibilidade, surgem iniciativas que transformam o simples ato de visitar em um verdadeiro mergulho na cultura local. Um dos exemplos mais delicados e potentes dessa nova onda é a Cerâmica Foz, criada por Sandi Adamiu, do Sandi Hotel, em parceria com uma ceramista local, localizada no coração do Centro Histórico.
Mais do que uma oficina de cerâmica, a Foz é um espaço de desaceleração e reconexão. Com um olhar sensível, os encontros são conduzidos para que o barro se torne linguagem e o tempo, matéria-prima. A experiência, que pode ser vivida por turistas em passagem por Paraty, propõe um retorno ao essencial: sentir com as mãos, ouvir o silêncio, respeitar o ritmo do corpo e da natureza.
A vivência na Foz se conecta diretamente com os desejos do novo turista: menos consumo, mais presença. Menos vitrine, mais vivência. E revela um caminho promissor para destinos que queiram se posicionar para além do turismo de fachada, valorizando os saberes locais e oferecendo experiências significativas, que ficam não só na memória, mas também no corpo e na alma.