Tradicional espaço expositivo das artes da capital gaúcha, a Galeria Tina Zappoli apresenta uma nova mostra coletiva a partir de 25 de outubro, sexta-feira. A inauguração da exposição “Cena Muda” ocorre no endereço do bairro Rio Branco a partir das 19h.

 

À frente da galeria já há 43 anos (ao lado do marido e artista Marinho Neto), Tina Zappoli completa em 2024 cinco décadas ininterruptas de atuação no mercado da arte. O espaço que leva seu nome é referência em Porto Alegre da convivência singular da arte popular brasileira com obras contemporâneas e exemplares dos grandes artistas da nossa terra.

 

Com cerca de 80 obras, a nova coletiva exibe trabalhos de Alberto Cedrón (Buenos Aires, Argentina, 1937-2007), Maria Lídia Magliani (Pelotas/RS, 1946-Rio de Janeiro, 2012), Marinho Neto (Aracaju/SE, 1949), Itelvino Jahn (Montenegro/RS, 1958), Tere Finger (Flores da Cunha/RS, 1961), Catarina Dantas (Floresta/PE, 1985) e Gabriel Augusto (Goiânia/GO, 1991).

 

Trazendo obras figurativas, com uma linguagem forte, de artistas que abordam a condição humana, a exposição seguirá aberta para visitação até 20 de dezembro de 2024, de segunda a sexta-feira, das 14h às 19h, com entrada franca. O título “Cena Muda” reforça a intenção da Galeria Tina Zappoli em reafirmar que, nas artes visuais, o trabalho do autor fala por si só.

 

Mostra coletiva “Cena Muda“

Inauguração: 25 de outubro de 2024 (sexta-feira), a partir das 19h

Local: Galeria Tina Zappoli

Endereço: Rua Coronel Paulino Teixeira, 35 – Bairro Rio Branco – Porto Alegre/RS

Visitação da exposição: até 20 de dezembro de 2024, com entrada franca

Horário: segunda a sexta-feira, das 14h às 19h

Site: brasilartegaleria.com.br

E-mail: galeriatinazappoli@gmail.com

 

TEXTO DE APRESENTAÇÃO

 

ANTES TARDE – CENA MUDA

 

“Uma nuvem paira imensa no horizonte! Tudo parecia estar ali: a árvore, o edifício, os homens e os outros animais que vigiavam por perto e de vez em quando passavam em frente. Uma certa animação os mantinha em busca de equilíbrio. Era sol e ia chover logo, sem demora. Alguns pingos já brilhavam entre eles e cobriam os espaços sem sombras. Sem dúvidas alguém se aproxima e sem conversa diz querer saber por quê. Houvera encontros às vezes, e algo se passara no íntimo de todos que ainda circulavam. Era fácil vê-los juntos naqueles instantes de aproximação, solidariedade mínima, tempo mínimo dispensável à oportunidade. O vento soprava forte e brincava com os que se moviam e se encontravam soltos. O tempo criava histórias com a noite que se apresentava sempre com pássaros. E ele queria voar! Num primeiro encontro lhe perguntaram por quê. Víamos sozinho na esquina de sinais e pouca luz, numa busca de atravessar o outro, também molhado apesar da leveza da água. Um automóvel que para, oferece rapidez e permanece. E ele sai com as árvores e a nuvem quando tudo parecia estar ali.” (Marinho Neto, outono de 1987)