Luxação patelar é uma condição comum e tratável que afeta a qualidade de vida dos animais. O médico-veterinário Daniel Sia fala sobre os cuidados necessários para diagnóstico e tratamento.
A luxação patelar é uma das condições ortopédicas mais comuns em cães e gatos, especialmente em raças pequenas. Caracteriza-se pelo deslocamento da patela (rótula) de sua posição normal, o que pode causar dor, dificuldades de locomoção e, em casos mais graves, comprometer a qualidade de vida do animal. Embora seja uma condição tratável, é importante que tutores e profissionais de saúde animal reconheçam os sinais precocemente para evitar complicações a longo prazo.
O que é a luxação patelar?
Daniel Sia, médico-veterinário do Grupo Hospitalar Pet Support, explica que “a luxação patelar ocorre quando a rótula do animal se desloca de sua trajetória normal, em geral para dentro (luxação medial) ou para fora (luxação lateral) do joelho. Essa condição pode afetar uma ou ambas as pernas do animal e é mais comum em raças pequenas e miniaturas, como o Spitz, Chihuahua, Poodle, Lhasa Apso e Yorkshire, embora também possa ocorrer em animais de outras raças e tamanhos”.
Sia relata também que “a luxação patelar” pode ser classificada em quatro graus, variando de um quadro assintomático até perda do uso funcional do membro ”.
Sintomas da luxação patelar
Os sintomas da luxação patelar podem variar dependendo da gravidade da condição. Alguns dos sinais mais comuns incluem:
-Claudicação (mancar) intermitente ou contínua.
-Dificuldade para se levantar ou andar, principalmente após longos períodos em repouso.
-Joelho esticado ou perna “travada” de forma não natural, o que pode ser acompanhado de lamentos ou desconforto.
-Quando o problema é mais grave, o animal pode ter dificuldades até para caminhar de forma normal e pode demonstrar sinais de dor ao movimentar a perna afetada.
Tratamento e cuidados
De acordo com o médico-veterinário do Grupo Hospitalar Pet Support, a abordagem para o tratamento da luxação patelar varia conforme o grau da luxação e as condições gerais do animal.
“A luxação patelar pode ser tratada de várias formas, dependendo da gravidade do quadro”, explica Daniel Sia. ” Nos casos com luxação a partir do grau II é necessária a intervenção cirúrgica para reposicionar a patela e corrigir a anatomia do joelho”, completa.
Cuidados pós-operatórios
Nos casos em que a cirurgia é indicada, o processo de recuperação é crucial. “Após a cirurgia, o pet precisará de cuidados especiais, como restrição de atividades, uso de medicamentos para controle da dor e sessões de fisioterapia para ajudar na reabilitação da articulação”, orienta Daniel Sia. “O sucesso do tratamento depende muito da colaboração dos tutores, que devem seguir as recomendações veterinárias à risca.”
“ A cirurgia é o único tratamento eficaz em luxações de patela acima do grau I.
É importante salientar que a luxação de patela muitas vezes é uma doença silenciosa, que pode passar despercebida. O problema é que no longo prazo os sintomas virão, por isso é importante o diagnóstico e tratamento precoces”
Prevenção e diagnóstico precoce
Os tutores de pets, especialmente de raças predispostas, devem estar atentos aos sinais de claudicação e mobilidade restrita. Consultas regulares ao médico-veterinário são fundamentais para um diagnóstico precoce.
“Se detectado logo no início, o problema pode ser tratado de forma menos invasiva e com menor risco de complicações”, afirma Daniel Sia. “A detecção precoce permite que intervenções cirúrgicas menos complexas sejam eficazes”.
Para auxiliar nos cuidados com os pets, o Grupo Hospitalar Pet Support conta com unidades em Porto Alegre, Novo Hamburgo e Xangri-Lá, no Rio Grande do Sul. Mais informações estão em www.petsupport.com.br.