Produção da Serra Gaúcha revisita locais históricos e paisagens inexploradas por meio da réplica do barco de Giuseppe Garibaldi

 

Reunindo preservação ambiental, história do Rio Grande do Sul e a perseverança de um professor, o documentário “Seival” pretende seguir seu fluxo trazendo uma observação da ligação gaúcha com seu histórico naval e sua natureza nativa. Realização da Spaghetti Filmes produtora de Caxias do Sul (RS), o filme mostrará como a construção de uma réplica do barco Seival, utilizado por Giuseppe Garibaldi na Tomada de Laguna em 1839, serve como fio condutor para uma observação geográfica e ambiental do sul do estado.

 

Idealizado pelo professor de Educação Física, Antônio Carlos Rodrigues, a nova versão do Seival foi concebida para ser um museu itinerante que navega pelo litoral brasileiro com o objetivo de divulgar a preservação de recursos hídricos, após ele observar a destruição acelerada do Pampa, bioma que se apresenta, no Brasil, somente em território gaúcho. De acordo com o Relatório Anual de Desmatamento no Brasil, elaborado pelo MapBiomas, o desmatamento cresceu 92,1% em 2021, em comparação ao ano anterior, sendo o bioma que mais perdeu áreas naturais no país entre os anos de 2000 e 2018.

 

De acordo com o diretor Lissandro Stallivieri, sem buscar culpados ou algozes, o documentário identificará peculiaridades de locais que se confundem com a história do Rio Grande do Sul, como os municípios de São Lourenço do Sul e a Ilha de Santo Antônio, em Camaquã. “A ideia é criar uma viagem no tempo, passando pelos mesmos espaços. Assim, percebemos como o Seival surgiu para resgatar a tradição da construção naval no estado, composta por açorianos e marinheiros do mundo inteiro que passaram por nossas águas. O RS foi moldado pela navegação e sua ligação com o litoral”, aponta.

 

Ainda, o professor Antônio contratou um carpinteiro naval que tem como tradição familiar a construção e barcos, o que também remete a Giuseppe Garibaldi e sua própria família formada por gerações de marinheiros. “Temos Antônio como uma ferramenta de resistência, servindo como despertar desse extremo sul do Brasil à descoberta da ameaça por conta das ocupações urbanas e monoculturas que desviam recursos hídricos”, resume Stallivieri.

 

Em fase de captação de imagens, a obra tem previsão de estreia para 2024. Este projeto é financiado pelo Edital FAC Filma RS, SEDAC, Pró-cultura RS.

 

Ficha técnica:

 

Diretor – Lissandro Stallivieri

 

Roteirista – Paula Zanettini

 

Produtora Executiva – Janete Kriger

 

Diretor de Fotografia – Bolivar Lauda

 

Direção de Produção – Fábio Schmidt

 

Assistente de Direção – Carolina Michelon

 

Assistente de Fotografia – Leandro Foscharini

 

Som direto – Rodrigo Marcon e Ricardo Mabilia

 

Montagem e Finalização – Arthur Bovo

 

Trilha sonora original – Gilberto Salvagni

 

Mixagem de som – André Brasil

 

Pauta: Dinâmica Conteúdo Inteligente