Obras de Di Cavalcanti, Cícero Dias, Gabriel Wickbold, Djanira, Adir Sodré e Julio Paraty integram acervo disponível aos hóspedes

 

O Sandi Hotel, instalado em um casarão do século XVIII no Centro Histórico de Paraty, é hoje um ponto de encontro entre hospedagem e cultura. Reconhecido como o primeiro hotel de luxo da cidade, o espaço preserva a arquitetura colonial e se consolidou como referência para visitantes que buscam experiências ligadas à história local.

 

Nos últimos anos, o fundador e proprietário, Sandi Adamiu, decidiu incorporar à rotina do hotel um acervo particular de obras de arte. A coleção, antes restrita ao convívio familiar, foi transferida integralmente para os ambientes do hotel com o objetivo de torná-la acessível ao público.

 

Entre os artistas representados na coleção estão Di Cavalcanti, Cícero Dias, Gabriel Wickbold, Djanira, Adir Sodré e Julio Paraty. A variedade de estilos e épocas reunidos dá ao acervo caráter singular e coloca o hotel em posição de destaque entre espaços de hospedagem no Brasil. Além das obras de grandes artistas brasileiros, a coleção inclui objetos de valor histórico, como peças que pertenceram a Carmen Miranda. Esses itens ampliam o significado do acervo e reforçam a relação do hotel com a memória cultural do país.

 

As obras estão distribuídas em áreas comuns, com destaque para a recepção, que passou a funcionar como galeria permanente. Hóspedes e visitantes têm a oportunidade de conviver com peças de relevância histórica e artística em um espaço que une lazer e cultura.

 

Para Sandi Adamiu, a decisão de expor a coleção foi motivada pelo desejo de dividir com o público uma parte da memória de sua família.

 

“Eu preferi transferir a coleção da minha mãe para o hotel, para que todos possam ter acesso a esses trabalhos. Considero importante que as pessoas tenham a oportunidade de ver de perto nomes que marcaram diferentes períodos da nossa arte”, declarou.

 

O proprietário também destaca que a iniciativa transforma a experiência de hospedagem. “Não existe luxo sem arte. A presença desses trabalhos dentro do hotel reforça a importância da cultura no dia a dia e torna a experiência de quem passa por lá mais completa”, concluiu Sandi Adamiu.

 

A abertura da coleção ao público reafirma o papel do Sandi Hotel como espaço que conecta patrimônio histórico, arte e hospitalidade. A iniciativa conduzida por Sandi Adamiu fortalece o vínculo da cidade com a cultura e oferece a moradores e visitantes a oportunidade de conviver com um acervo único no cenário nacional.

 

Sobre o Sandi Hotel:

 

O casarão do século XVIII que abriga o Sandi Hotel já foi a primeira escola de Paraty. A construção colonial estava abandonada, em meados dos anos 80, quando o empresário Alexandre Adamiu se apaixonou por sua esposa, Sandra Foz, e também pela cidade que ela amava. Grande empresário do cinema, presidente da Paris Filmes, Alexandre era também um visionário. Conta-se que foi em uma noite alegre, entre amigos, pelos bares da cidade, que ele decidiu arrematar o casarão, que reúne um conjunto de seis casarões, em uma esquina, no coração do Centro Histórico. Depois de uma longa reforma, ele presenteou Sandra com o Sandi Hotel, perto de 1990. A pousada foi batizada em homenagem ao filho único do casal. O Sandi Hotel já nasceu como uma estrela. Alexandre teve ainda a ideia incluir um anúncio da pousada nas fitas VHS distribuídas pela Paris Filmes. Foi um sucesso. O Sandi Hotel logo se tornou uma referência no imaginário dos brasileiros. Há dez anos, o próprio Sandi e sua mãe, Sandra, assumiram a administração da pousada, conservando a tradição do bem receber e a vontade de inovar e se renovar, sempre.