
A galeria anuncia com entusiasmo a representação da artista visual Cláudia Liz, que vem expandindo sua trajetória com uma obra profundamente sensível, intuitiva e autoral
Cláudia Liz pinta gestos, silêncios, camadas. Ela se interessa pelo que pulsa por dentro, o que não se explica com palavras. A emoção que escapa e revela. A relação de Cláudia com a arte vem de longe — desde a infância, quando andava pela roça com seus cadernos de desenho nas mãos, observando o mundo em silêncio e transformando tudo em traço. Sua pintura propõe um olhar íntimo e político sobre o feminino.
Foi na adolescência, já como modelo, que teve os primeiros encontros com os grandes mestres: em Paris, foi impactada por uma gravura de Toulouse-Lautrec e, em seguida, por um cartão postal de Van Gogh. Esses momentos despertaram nela um encantamento profundo, que mais tarde floresceria em uma trajetória artística autoral, sensível e potente.
“Foi uma surpresa maravilhosa descobrir obras tão femininas, delicadas, solares e, ao mesmo tempo, carregadas de uma força incrível. Estamos muito felizes em poder representar uma artista em plena ascensão, que transmite tanta energia e sensibilidade em seu trabalho”, dizem as sócias da galeria de arte contemporânea, NATA Art&Design, Ariela Mansur e Natasha Szaniecki. “Sua pintura não ilustra: ela traduz sensações. Fala de mulheres, mas também da experiência humana”, analisam.
No final da década de 1990, Cláudia participou de ateliês com outras artistas, mas ainda não havia assumido a arte como profissão. A virada veio quando foi convidada pela Folha de S. Paulo para ilustrar a coluna “Tendências e Debates”. A partir dali, escolheu a arte como seu caminho.
“Cresci em uma geração que ensinava as mulheres a se calar, a suportar, a se desculpar até por existir. Hoje, pinto para que sejamos vistas, validadas, inteiras”, diz.
Com traços que acolhem e formas que inquietam, Cláudia dá corpo ao que tantas vezes foi silenciado: emoções intensas, gestos contidos, histórias comuns e, ainda assim, invisibilizadas. Sua arte não suaviza — ela revela. Denuncia com beleza, convoca com afeto, afirma com cor.
A cor é outra protagonista em sua obra. É matéria sensível, linguagem emotiva e campo de pesquisa. “Durante uma depressão, foram as cores que me sustentaram. Elas me reconectaram com o mundo e comigo mesma”, conta.
Cláudia mergulhou na linguagem da cor ainda como modelo, nos tecidos dos ateliês e nas cartelas culturais que descobriu pelo mundo. Mais tarde, aprofundou sua pesquisa artística, guiada por referências tais como Josef Albers (a cor é o mais relativo dos meios artísticos), Henri Matisse (a cor, sobretudo em minhas pinturas, é uma libertação) e Ludwig Wittgenstein (para compreender a cor, é preciso observá-la em uso).
Seu trabalho atravessa pintura, ilustração e colaborações com marcas e projetos especiais, sempre com uma linguagem que une elegância, sensibilidade e força expressiva.
Cláudia convida todas as mulheres — e os homens conscientes e empáticos com as dores femininas, a se aproximarem dessa conversa.
SOBRE CLÁUDIA LIZ
Artista visual, ilustradora, atriz, modelo e esteta, Cláudia Liz construiu uma trajetória rara, onde beleza e profundidade caminham lado a lado. Seu trabalho é marcado por uma escuta sensível do mundo e por uma expressividade visual que atravessa linguagens e suportes.
Atualmente, ilustra a coluna da antropóloga Mirian Goldenberg na Folha de S. Paulo, e por doze anos, assinou também as ilustrações da tradicional coluna “Tendências e Debates” do mesmo jornal.
Participou de exposições no Brasil e no exterior, incluindo a mostra Feminino Plural na Av. Paulista (2021), com curadoria de Lilian Pacce, e foi finalista do EDIDA BR 2025 (Elle Decor Brasil Design Awards) com a estampa “Jardim de Emilie”, da coleção “Entrelinhas”, em collab com a Donatelli Tecidos. Em 2019, realizou uma exposição individual de cartazes em Paris, a convite do grupo suíço Lonza.
Cláudia é também um ícone da moda brasileira, com carreira internacional que apurou seu olhar estético em desfiles, campanhas e editoriais pelo mundo. Foi fotografada por nomes consagrados e desfilou para marcas como Chanel, Comme des Garçons, Yohji Yamamoto e Conrado Segreto, entre outros.
Nos anos 1990, transitou com destaque também pelas artes dramáticas, sendo premiada como melhor atriz no Festival de Cartagena por sua atuação no filme As Meninas, baseado na obra de Lygia Fagundes Telles.
Hoje, Cláudia Liz afirma-se como uma artista multimídia e profundamente autoral. Pinta, ilustra, atua, performa como modelo e explora com liberdade os campos da arte manual e digital. Seu trabalho é atravessado por uma busca estética intensa — uma artista que vê, sente e traduz o mundo com apuro e inteireza.
NATA ART&DESIGN
A NATA Art&Design é uma galeria com alma de casa e curadoria autoral, um espaço que une arte e design, explorando linguagens diversas, de maneira híbrida, contemporânea e fluida. As peças estão dispostas de forma acolhedora, como numa casa, convidando ao aconchego e à permanência.
Mais do que uma galeria, é espaço vivo, onde arte e o design se encontram de forma orgânica e afetiva. Cada peça é única e escolhida com cuidado minucioso, trazendo exclusividade. O acervo reúne talentos de todo o Brasil — artistas plásticos, fotógrafos, designers e escultores autônomos e multidisciplinares — que compartilham suas visões e criatividade neste espaço especial.
NATA Art&Design
Rua Cristiano Viana, 401 – piso térreo, Pinheiros
www.natagaleria.com
insta: @nata_artdesign