Evento aconteceu nesta terça-feira (10), no Instituto Caldeira, e teve como tema “Os Desafios da Remuneração”

 

A Associação Brasileira de Recursos Humanos seccional Rio Grande do Sul (ABRH-RS) realizou na tarde desta terça-feira(10), no Instituto Caldeira, em Porto Alegre, o Fórum REcomPENSAR – Os Desafios da Remuneração. Na abertura do evento, a vice-presidente da ABRH-RS, Isabel Degrazia, salientou a relevância do tema do Fórum para as organizações.

 

Os primeiro painel teve a participação do sócio da Evermonte, Guilherme Neves, do gerente de Gestão de Pessoas da Marcopolo, Jeison Lemos e do conselheiro consultivo da UniRitter e presidente do Conselho de Administração da ONG Parceiros Voluntários, Daniel Santoro, que falaram sobre o tema “Conectando Estratégia de Negócios e Recompensas”. Santoro destacou que “existe uma desconexão entre as estratégias das organizações e os critérios de desempenho. Temos que olhar a partir da estratégia e não pela operação”.

 

Para Neves, “quando falamos de estratégia de remuneração, temos que falar de estratégias de negócios. É preciso valorizar os top performers das empresas, mas será que os executivos das organizações sabem quem são estas pessoas? Será que os top performers sabem quais os critérios de avaliação das companhias?”, questionou. Fazendo esta mesma relação, Lemos ressaltou que em muitas situações “a pessoa que não tem o desempenho esperado é tão bem remunerada quanto um top performer e isso pode gerar um problema. A estratégia de remuneração serve para alavancar os resultados”.

 

Na sequência, o tema “IA e Analytics aplicados à Gestão da Remuneração” fez parte do debate do segundo painel da tarde, que reuniu o head de Planejamento Financeiro da CVC Corp, Wagner Nogueira, a gerente de Rewards & Global Mobility da Suzano, Melina Camaratta, a diretora de RH para Brasil, Argentina e Chile da Midea Carrier, Fernanda Bitencourt e o sócio da h2p Consultoria, Fábio Camargo. O executivo da h2p Consultoria destacou que “o Analytics e a IA caminham juntos”. Para Camargo, “o risco que existe é caminharmos para o lado de que a IA é o grande oráculo, porém, não é bem assim. Pode ser que, muitas vezes, a IA não considere todo o contexto que deve ser avaliado, já nós conseguimos fazer esta análise mais ampla”, constatou. Para Fernanda, “é preciso que o RH estimule seus colaboradores a utilizarem as ferramentas tecnológicas diariamente. É importante saber fazer perguntas e conhecer do mais básico ao mais avançado das tecnologias”, afirmou.

 

Já para Nogueira, o grande desafio é ter tempo disponível para buscar o conhecimento em novas tecnologias. “Estamos cercados por dados a todo o momento e o grande desafio é acharmos tempo para nos aprofundarmos no uso das tecnologias, mas é muito importante que isso aconteça, pois precisamos ser nativos digitais com a IA”, enfatizou. Para Camaratta, “ainda estamos muito aquém no que se refere a usarmos todo o potencial das tecnologias. É preciso fazermos experimentos com as tecnologias em ambientes controlados, pois se tivermos resultados negativos o impacto será mínimo, mas é essencial que isso aconteça nas empresas”, ressaltou.

 

Dando continuidade ao evento, o terceiro painel contou com a presença da sócia-fundadora da Realis – Pessoas Conscientes/Negócios Humanizados, Elisa Zingano, da doutora em Psicologia, com formação em Dinâmica dos Grupos e em Terapia do Esquema, Michele Taube e da executiva na área de Pessoas da Veja, multinacional francesa do ramo de moda sustentável, Daniele Cassol, que abordaram o tema “A Relação entre Performance, Recompensas e o Impacto na Saúde Mental”. Zingano lembrou que “o bem-estar e a saúde mental são uma alavanca para um resultado sustentável. Quando falamos de saúde mental, precisamos fazer um diagnóstico da cultura organizacional. Temos que sair do foco apenas no indivíduo”.

 

Já Taube acredita que a performance adequada está relacionada à remuneração. “Precisamos falar de uma remuneração justa para uma performance adequada, pois a saúde mental está associada à produtividade. Um dos pontos importantes é termos o equilíbrio entre o ‘elástico’ da pessoa e as métricas de desempenho. O suporte social também é um fator muito importante”, constatou. Cassol chamou a atenção para o fato de que “muitas empresas desenvolvem programas de saúde e bem-estar, porém, na maioria das vezes, as lideranças não participam. A saúde mental dos colaboradores está diretamente ligada à performance”, concluiu.

 

Os três painéis do REcomPENSAR foram mediados pelos partners da Resolution Inteligência Humana, empresa correalizadora do Fórum, Adriano Ely e Maurício Folli. Ely é professor e head de Performance e Folli é mestre em Administração e head de Remuneração. O encerramento do Fórum foi feito de uma forma descontraída. Caio Barroso, do Instagram @la_nafirma, trouxe o stand-up “Rimos Muito! Tô Open To Work”. Barroso falou sobre o mundo corporativo de uma forma leve, porém, em alguns momentos ácida, como ele mesmo descreveu. O humorista tirou boas gargalhadas da plateia e fechou a tarde, que foi muito produtiva, com boas energias!

 

Sobre a ABRH-RS

 

Referência nacional entre as seccionais da ABRH Nacional, a Associação Brasileira de Recursos Humanos – RS acumula mais de 50 anos de atividades no Rio Grande do Sul. Com mais de mil associados entre pessoas jurídicas e físicas, a entidade atua com foco na capacitação e qualificação profissional de profissionais das áreas de gestão e pessoas. Abrange todas as questões que integram a gestão e o desenvolvimento de pessoas a partir da disseminação do conhecimento.