De acordo com o Atlas da Obesidade 2024, compilado pela Federação Mundial de Obesidade (WOF), até 2035, o Brasil deve ter cerca de 127 milhões de adultos com alto Índice de Massa Corporal que inclui sobrepeso e obesidade. A taxa de crescimento anula deve alcançar 1,9%. Atualmente, um em cada quatro brasileiros adultos já é afetado pela doença.
Para conhecer as novidades no tratamento, a nutricionista Deise Gensas participou do ICO 2024 – Congresso Internacional de Obesidade que aconteceu recentemente em São Paulo. Em primeiro lugar, Deise destaca que obesidade é uma doença e deve ser tratada como tal. “Não adianta dizer ao paciente para fechar a boca e fazer exercício. Isto não vai funcionar de jeito nenhum, pelo contrário, pode até piorar o quadro geral”, alerta a nutricionista ao complementar que é necessário um acompanhamento por parte do profissional da saúde para que a pessoa em questão mude seu estilo de vida.
A especialista observa que o processo deve ser multidisciplinar envolvendo emagrecimento e melhora na qualidade de vida, a fim de combater e ou prevenir o surgimento de outras doenças decorrentes – como diabetes do tipo 2, hipertensão e riscos cardíacos. Ela destaca, ainda, que é fundamental que familiares e amigos participem do processo a fim de acolher a pessoa em tratamento. “O que falham são os tratamentos e não as pessoas”, diz Deise ao acrescentar que a pessoa não pode pensar que não tem jeito e se sentir excluída. Tendo como método tratamento com consultas semanais, a nutricionista afirma que o profissional da saúde precisa ter uma boa escuta para conduzir o paciente de forma correta, uma vez que ele certamente já sofre preconceitos.
A obesidade é uma doença crônica, recidiva e multifatorial podendo ser genética ou resultante do estilo de vida. No entanto, a nutricionista alerta que o tratamento, embora não seja simples, ele é essencial para aumentar a longevidade do paciente.
Pauta: Carmen Carlet