Saiba como é feito o leite sem lactose e porquê ele continua sendo uma boa fonte de proteína

 

Para o público que é intolerante à lactose, continuar consumindo alimentos com o açúcar do leite pode causar uma série de desconfortos digestivos. Isso acontece porque a condição é caracterizada pela ausência da enzima lactase, responsável por decompor a lactose em partes menores e absorvíveis. Sem essa etapa, o açúcar chega intacto ao intestino e passa a ser fermentado, o que pode resultar em dores abdominais, náuseas, gases, distensão e até diarréia.

 

A falta de tratamento pode prejudicar a absorção de nutrientes essenciais e, a longo prazo, a ingestão insuficiente de cálcio. Pensando nisso, as pessoas com essa condição buscam alternativas para driblar a restrição alimentar, recorrendo não apenas a medicamentos, mas também a opções de leite e derivados sem lactose.

 

“A lactase está presente no corpo humano, mas em menor quantidade em quem possui a condição de saúde. Quando ela é acrescida ao leite, ela quebra a lactose e permite que o intolerante consuma o alimento com segurança. Assim, é possível oferecer opções sem lactose”, explica Vinícius Junqueira, diretor geral da Marajoara Laticínios, indústria sediada em Hidrolândia (GO).

 

O nutricionista João Carlos Cavalcante, que atua no centro clínico do Órion Complex em Goiânia, afirma que o leite longa vida (ou UHT), mantém todas as qualidades nutricionais do alimento após o processo de envase. “O leite é rico em proteínas, vitaminas do complexo B e cálcio. Em casos de pacientes com doenças como alergia à proteína do leite de vaca e intolerância à lactose, as opções sem lactose ou outras fontes de proteína podem continuar proporcionando aporte nutricional adequado para quem o consome”, explica.

 

Entretanto, vale ressaltar, que mesmo após essa adaptação, o valor nutricional permanece o mesmo. “Assim como o leite desnatado e o semidesnatado não perdem em teor nutricional, apenas em teor de gordura, o leite sem lactose mantém todos os benefícios do leite integral, e pode ser consumido em segurança por quem possui algum tipo de intolerância”, reforça Junqueira.