Celebrando o Dia da Consciência Negra, artistas e estudiosos de Porto Alegre propõe essa reflexão, que terá ainda feira de artesanato e apresentação musical

 

A roda de conversa Um outro olhar sobre a Porto Alegre negra: Restinga – o quilombo que deu certo, propõe uma reflexão sobre os impactos históricos da remoção forçada de comunidades negras do centro de Porto Alegre ao longo do século XX. Deslocadas para a Restinga – território periférico, inicialmente sem estrutura e políticas públicas – essas populações enfrentaram desafios sociais e urbanos que marcaram gerações, inclusive a perda da assistência médico-hospitalar que recebiam da Santa Casa. O encontro visa destacar a trajetória de resistência, organização comunitária e valorização cultural que transformou a Restinga em um verdadeiro quilombo urbano. Mais do que memória, é um convite à escuta e ao reconhecimento da Restinga como espaço de luta e potência negra em Porto Alegre.

 

O debate terá as participações de Fernanda Oliveira da Silva, historiadora, doutora em História, professora da UFRGS, autora do enredo da Escola de Samba Portela/2026, colunista UOL- Presença Negra e cofundadora do Coletivo Atinúké – Pensamento de mulheres negras; Mestre Ventura, educador social, gestor esportivo e liderança histórica da Restinga, marcado pela resistência negra e atuação comunitária, desde a ditadura; Maria Clara Nunes, pioneira na construção comunitária da Restinga, com atuação marcante na educação infantil, no direito das mulheres de periferia e na fundação da Escola de Samba Estado Maior da Restinga; Teresinha da Rosa Marques, referência comunitária, originária da Lomba do Asseio, que protagonizou com outras mulheres a ocupação da Restinga, marcando a história com coragem e autonomia. A mediação será de Neila Prestes de Araújo, historiadora, educadora e mestre em História (PPG/UFRGS), referência na pesquisa sobre a Restinga e na valorização da memória e cultura afro-brasileira. Atua em projetos comunitários e educacionais, fortalecendo o pertencimento e a identidade do território.

 

Para a apresentação musical estão Vera Ambrozio, cantora e compositora da Restinga, com uma trajetória que une ancestralidade, musicalidade e afirmação cultural das mulheres negras da periferia e Deco, músico que atua no Swing e Samba Rock Gaúcho e que passou por grupos como Evolução, Senzala e diversas Escolas de Samba. Hoje integra o Grupo Swing Brasil. No dia 17 e também no dia 18 estará no local uma Feira de Artesanato e uma Mostra de Artes Plásticas da Restinga.

 

Programação:

 

Um outro olhar sobre a Porto Alegre negra: Restinga – o quilombo que deu certo/ Roda de conversa

Dia 17 de novembro, às 18h30 / Entrada franca

CHC Santa Casa – Av. Independência, 75

 

Feira de Artesanato e Mostra de Artes Plásticas da Restinga

Dias 17 e 18 de novembro, das 11h às 18h – CHC Santa Casa – Av. Independência, 75

Entrada franca

 

Cores da Terra: oficina de tintas naturais e pintura com elementos do território

dia 19 de novembro, das 14h30 às 16h

CHC –Sala Múltiplos 3 – CHC Santa Casa – Av. Independência, 75

Inscrições gratuitas no Sympla CHC Santa Casa

 

Lei Rouanet / Ministério da Cultura

Patrocinadores: Aché, Agrogen, Dorf Ketal, Grendene, Stihl

Realização: CHC, Ministério da Cultura – Governo do BRASIL, do lado do povo brasileiro

 

Redes do CHC Santa Casa:

https://www.instagram.com/chcsantacasa/

https://www.facebook.com/CHCSantaCasa