Compartilhamento conectado ao turismo é tendência com potencial para conquistar a classe média

 

O brasileiro está cada vez mais interessado em possuir uma cota de multipropriedade. De acordo com levantamento da consultoria Caio Calfat, o modelo atingiu R$ 92,6 bilhões de VGV em abril deste ano, 16,6% a mais do que o mesmo mês em 2024. O segmento conta com 216 projetos ativos em todo o país, incluindo empreendimentos de porte, como o resort com a marca Hard Rock que o grupo Mundo Planalto está construindo em Gramado (RS).

 

Com o compartilhamento proporcionado pela multipropriedade, é possível investir apenas na fração do imóvel de férias que será de fato utilizada, com economia em comparação à compra completa e definitiva de um imóvel que será utilizado apenas para temporadas de férias.

 

Para o CEO da Mundo Planalto, José Roberto Nunes, a experiência de venda de cotas de multipropriedade no Brasil tem sido bastante positiva, pois o público local é receptivo a modelos que unem praticidade e realização de um desejo.

 

“A multipropriedade oferece experiências novas a preços acessíveis, permitindo que famílias vivam o lifestyle de viajar com mais sabedoria nesse investimento. Temos visto aumento consistente nas vendas, impulsionado pela combinação de transparência, gestão profissional e projetos que passaram a se preocupar em ir além do imóvel e entregar também um estilo de vida”, avalia ele.

 

Exemplo desses projetos é a bandeira Castelos do Vale, uma proposta idealizada pela Mundo Planalto para aliar hospedagem de alto nível e enoturismo. O primeiro resort com esse perfil deve ser inaugurado ainda este ano, dentro da Vinícola Dom Cândido, em Bento Gonçalves.

 

Em Gramado, o grupo está construindo o Residence Club Hard Rock Hotel Gramado, que traz o universo do rock para a multipropriedade. O projeto levou oito anos para ser aprovado de acordo com todas as exigências ambientais e específicas do município, seguindo a proposta de ser um cartão postal da região, integrado à paisagem serrana.

 

Quem adquire multipropriedade no Brasil – Segundo análises da Mundo Planalto, o perfil do comprador de multipropriedade é formado majoritariamente por casais e famílias de classe média e média-alta, com renda entre R$ 12 mil e R$ 25 mil mensais, que enxergam no modelo uma forma inteligente de acessar imóveis de lazer de alto padrão.

 

A faixa etária mais comum está entre 35 e 55 anos, público já consolidado profissionalmente e em busca de experiências para compartilhar com a família. Em termos de origem, predominam compradores das grandes capitais – como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre – mas também é muito marcante a presença de clientes regionais que desejam diversificar suas férias e viver um lifestyle conectado ao turismo e à mobilidade global.

 

“É um público que busca férias com mais inteligência e propósito. Diferente da reserva de hotéis, que representa um gasto que não retorna, a multipropriedade se mantém como um ativo e patrimônio do cliente, agregando valor no tempo. É um modelo que alia racionalidade financeira e investimento em qualidade de vida”, conclui José Roberto, da Mundo Planalto