
O single integra o álbum Loma Preta Gaúcha, que terá lançamento no primeiro semestre de 2026
Seja nos palcos, no cinema, nos festivais, nas rodas de amigos, Loma Solaris brilha com sua voz encorpada e doce, conduzida até aqui em uma trajetória de parcerias, transcendências, conquistas. A gravação de Loma Preta Gaúcha, o novo disco, vem ancorada nesses valores, cercada de profissionais de muita qualidade, parceiros de uma vida, personas da cultura gaúcha de todos os tempos, como Loma. Pouco a pouco as músicas vão chegando e traçando sua história, até completar o mosaico que formará o álbum, previsto para o primeiro semestre de 2026. Loma Preta Gaúcha celebra os 50 anos de carreira da artista em grande estilo, em um projeto financiado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc através do EDITAL de Nº 05/2024 – PNAB POA- Fomento 2024, da Secretaria de Cultura de Porto Alegre, uma realização do Ministério da Cultura, Governo Federal.
O primeiro single, lançado em outubro, A Valsa dos Vagalumes nos remete às noites de verão da infância, como muito bem diz o compositor sobre sua inspiração. “Nilton Junior cresceu no interior de Santo Antônio da Patrulha e eu em Santa Maria. Era lindo de ver os vagalumes nos jardins e nas matas em coreografias luminosas enquanto brincávamos no papel dos heróis que queríamos ser” afirma Loma. A música é uma linda homenagem de Nilton Junior da Silveira, Adriano Sperandir e Cristian Josias Sperandir à beleza e ao candor da infância. Participam dessa faixa os músicos Pablo Schinke no violoncelo, Miguel Tejera no baixo acústico, Marquinhos Fê, na bateria, Loma na voz e Nilton ao piano. A direção musical é de Tamiris Duarte.
A próxima música vem com a força da poesia de Oliveira Silveira, um poema que, cantado por Loma, amplia a voz do povo negro brasileiro e do Rio Grande do Sul. O Trigo traz um tema doloroso e difícil na história recente da humanidade. Os trabalhos forçados nas plantações, que condicionaram os negros a uma expectativa de vida muito curta pelos abusos, torturas e solidão. O poema ilustra a vida simples nos quilombos no Rio Grande do Sul e no Brasil, fonte de algum alívio enquanto duraram. “Natural de Rosário do Sul, o Mestre Oliveira Silveira pôde conhecer a lida dos pretos nos campos daquela região, e escreveu este poema musicado por Vladimir Rodrigues, que nos conta dos corpos escravizados nas plantações de trigo. Registro esta canção em meu álbum como forma de reflexão. Salve Oliveira Silveira, salve o 20 de novembro, dia da consciência negra”, reflete a cantora. Não por acaso, O Trigo chega dia 20 de novembro às plataformas musicais. Acompanham Loma os músicos Tamiris Duarte no contrabaixo e arranjo, Gilberto Oliveira na guitarra, Vladimir Rodrigues no violão, Tuti Rodrigues e Josué de Oliveira na percussão e Paloma Trevisan na gaita.
E em dezembro, está previsto o lançamento de Caminhada, de Colmar Duarte, canção que reflete com profundidade sobre a vida e a morte e sobre nosso papel no mundo. “Quando ouvi Caminhada pela primeira vez, musicada pelo Sérgio Rojas, eu já era uma andarilha nesta busca e fiz de suas palavras minha cartilha de ordem para não desistir de mim e seguir a busca” diz Loma, que tem expectativa para essa canção em especial, pois gostaria de presenteá-la ao amigo de longa data.
O disco Loma Preta Gaúcha resgata a memória e a história da cultura negra na raiz do cancioneiro regional. É composto por valsas, chacareras, milongas – um dos ritmos da música gaúcha originário de África -, reggae, e o boi da praia, ritmo que se assemelha ao maracatu. Assim, Loma constrói um trabalho essencialmente preto, que joga luz sobre o nosso litoral, de onde vem, e deixa registrada a relação do RS com o aspecto latino-americano da música sulista. A cantora exalta a contribuição de todos os compositores, músicos, arranjadores, criadores dos espetáculos com os quais dividiu palcos e elenca diretores musicais, diretores de arte, jornalistas culturais e técnicos como parceiros fundamentais em sua trajetória de pesquisa e trabalho. “Ser contemplada pelo Edital de fomento da PNAB 2024/Município de Porto Alegre/MINC é um reconhecimento pelo que represento, pelo legado das artistas mulheres, em especial as mulheres negras”, reflete.
Loma iniciou sua carreira na década de 70 com o Grupo Pentagrama de Jeronimo Jardim e Ivaldo Roque. No início de 1990, foi eleita por jornalistas, produtores culturais, músicos e compositores como a Melhor Cantora da Década de 80. Alicerçou sua trajetória artística nos Festivais Nativistas Gaúchos, conquistou espaço no cenário da MPB a partir da gravação de um programa Fantástico Regional. Foi indicada ao Prêmio Nacional Sharp de Música e conquistou por três vezes o Prêmio Açorianos de Música, em 1999, 2017 e 2022. Recentemente conquistou o 8º PPM – Prêmio Profissionais da Música, como cantora regional e artista de MPB da Região Sul. Do poder público e de entidades de cultura, recebeu várias premiações e menções honrosas por sua contribuição ao fazer cultural no Sul. Em sua trajetória, fez shows e/ou participou nos discos de ícones da nossa música como Bebeto Alves, Carlinhos Hartlieb, Giba Giba, Geraldo Flach, Fernando Ribeiro e Luiz Carlos Borges.
Equipe de Loma Preta Gaúcha
Produção musical: Tamires Duarte
Produção discográfica: Loma Empreendimentos Culturais
Produção Executiva: Consuelo Vallandro
Fotografia: Dani Barcellos
Figurino: Studio Ivânia Petry
Arte da Capa: Studio Ivânia Petry
Social Mídia: Consuelo Vallandro
Assessoria de imprensa: Bebê Baumgarten
O TRIGO – lançamento do single de Loma Preta Gaúcha
Dia 20 de novembro nas plataformas musicais
O Projeto Loma Preta Gaúcha é financiado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc através do EDITAL de Nº 05/2024 – PNAB POA- FOMENTO 2024, da Secretaria de Cultura de Porto Alegre, por meio da Linha 1. Realização do Ministério da Cultura – Governo Federal