
A mostra, que terá desdobramentos em outras atividades, como teatro, cinema e oficinas, ocupa o espaço Múltiplos Usos I até dia 30 de novembro
Memórias Miniaturizadas – A miniaturização na trajetória da Cia Gente Falante apresenta uma linha do tempo afetiva e artística da Cia. Gente Falante, que tem uma trajetória consolidada nas artes cênicas, no segmento do teatro de animação, e que mergulha também nas artes visuais e na literatura com maestria. A exposição que se inaugura no dia 1 de novembro é uma amostragem do processo evolutivo da construção das referências do teatro de formas animadas em redução desta longeva companhia. Este projeto foi fomentado pelo Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023 e integra a 4ª Mostra Comunidade Miniaturizada.
Partindo do princípio de que o universo nos mantém vivos e protegidos, em uma pequena
partícula chamada Terra, o grupo traz a analogia para sua vivência e abre o processo do artista/bonequeiro e sua forma animada em miniatura, como interagem, como contracenam e o que é necessário para que reconheçam suas especificidades para a execução do anima – a energia emprestada de manifestação de vida e consciência do criador para a criatura. “Desde o início acreditamos que o gesto da pequena forma animada tem o tônus dos insetos, possui as fragilidades dos materiais mais delicados e requerem uma atenção muito maior do que a partitura de ações da forma animada em escala padrão ou gigante, afinal de contas é um ser minúsculo, sendo instigado pela força motriz de um ator gigante, um cidadão liliputiano, seguindo ordens físicas do seu gigante parceiro” afirmam os criadores Paulo Fontes e Eduardo Custódio.
As miniaturas foram recorrentes em toda a trajetória da Gente Falante, por identificação com esse delicado microuniverso e por também seguir os passos de duas atrizes-bonequeiras, que
cruzaram o caminho do grupo: Denise de Santos e Ismine Lima, conterrâneas, baianas como Paulo Fontes, um dos criadores da Gente Falante. “Elas mudaram a nossa rota, nosso destino, e nos apontaram as infinitas possibilidades do Teatro de Animação, nos recomendando ir à cidade de Canela e seu Festival, cheio de infindas pluralidades bonequeiras”, afirma o ator.
Desde então experimentamos através da Cia, todos os possíveis meios técnicos, hibridados e intercambiados com outros segmentos das artes, como a dança, música, animação digital, contação de histórias, publicidade, vídeo, propaganda, ilustração editorial. As miniaturas eram peças de brindes entregues para a imprensa e convidados, como peças promocionais dos espetáculos da Gente Falante e também como objetos de cena. Cartazes, ilustrações, origamis, caixinhas de costura usados em espetáculos O Grande Índio, escrito por Zuppo; O Teatro de Sombras de Ofélia, adaptado para contação de história a partir do livro de Michel Ende; Xirê das Águas – Orayeyê Ôh e Circo Minimal, dramaturgia da companhia em parceria com a atriz Liane Venturella; Caixa de Música, com Tatiana Cardoso; Teatro Si-jô, poesia haicai com manipulação de pequenos objetos e origamis, um teatro mínimo para casais de espectadores, até a abertura do mais novo espetáculo Maria Peçonha, contado com aviamentos de uma caixa de costura repleta de botões, agulhas, novelos, trapinhos de panos, bastidores de bordado, almofada de alfinetes, mais uma parceria dramatúrgica com Tatiana Cardoso.
Nasce então, de toda essa caminhada ao longo de três décadas, a Comunidade Miniaturizada, projeto com objetivo de agregar os fazedores de Teatro Lambe-lambe e Teatro em pequena escala. “Aqui mostramos a costura das nossas Memórias Miniaturizadas, nosso relicário de pequenas lembranças, obras de artesania colecionada pelo caminho que traçamos em nossas giras teatrais. Nesse movimento homenageamos Denise e Ismine (madrinhas), Guaira Castilla (mestre reverenciado sempre), nossos pais: Iara, Raymundo, Cândida e Edir e integrantes companheiros de viagem terrestre que movem seu coração em favor da Cia Gente Falante” conclui Paulo Fontes, que dedica esse trabalho também a seu companheiro de vida, Eduardo Custódio, parceiro nesta jornada.
Ficha técnica
Criação bonecos e objetos miniatura:
Paulo Martins Fontes, Eduardo Custódio – artistas/mestres de artesania popular
Montagem:
Cia Gente Falante, Paulo Martins Fontes, Eduardo Custódio, Henrique Strieder, Niltamara Gomes e Maria Carolina Aquino
Curadoria: Paulo Martins Fontes
Este projeto foi fomentado pelo Programa Funarte de Apoio a Ações Continuadas 2023 e integra a 4ª Mostra Comunidade Miniaturizada
MEMÓRIAS MINIATURIZADAS – A miniaturização na trajetória da Cia Gente Falante
Abertura dia 1 de novembro, às 16h
Visitação até 30 de novembro, de segunda a sábado, das 9h às 19h
CHC Santa Casa – Múltiplos Usos I – Av. Independência, 75
Entrada franca
Lei Rouanet / Ministério da Cultura
Patrocinadores: Aché, Agrogen, Dorf Ketal, Grendene, Stihl
Realização: CHC, Ministério da Cultura – Governo do BRASIL, do lado do povo brasileiro
Redes do CHC Santa Casa:
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