Evento “Amanhãs Possíveis”, realizado nesta terça-feira (12), transformou desejos de diferentes mentes criativas em histórias visuais geradas por inteligência artificial, mapeando o que sonhamos como futuro coletivo

 

O Museu do Amanhã foi palco, nesta terça-feira (12), de uma experiência inédita que conectou tecnologia, arte e imaginação. Juntos, o Museu, por meio do seu Laboratório de Atividades do Amanhã (LAA), a OpenAI e a Flint, especializada em capacitar profissionais na linguagem creator, convidaram um grupo de artistas, criadores de conteúdo, publicitários e profissionais da Creator Economy para responder a uma provocação: “Qual é o amanhã que você gostaria de ver?”.

 

As respostas, nascidas do imaginário de cada pessoa, foram transformadas em prompts e traduzidas em narrativas visuais com as ferramentas ChatGPT e o Sora, que ajudam a ampliar e potencializar a criatividade humana. As projeções exibidas durante a noite, no Museu, ilustraram a transição de uma era da criação individual para a era da imaginação coletiva, mostrando como cada olhar pode se somar para formar um retrato plural do futuro.

 

Quem somos a partir do nosso “amanhã possível”

 

O evento também permitiu mapear padrões dessas visões. Entre o perfil das ideias que apareceram, 28,6% se mostraram “Propositivos”, pensando no futuro com os pés no presente, falando de educação, inclusão, igualdade de gênero e saúde pública. Outros 20% foram classificados como “Visionários”, projetando mundos diversos e conectados, onde cultura e inovação caminham juntas. Se encaixaram no perfil “Técnico” 12,9%, imaginando amanhãs com base em IA, robótica e dados. Já 8,6% foram os “Contemplativos”, que usam poesia, imagens e sensações para criar futuros simbólicos.

 

Os temas mais recorrentes incluíram futuro e inovação, sustentabilidade e meio ambiente, igualdade e direitos, e cultura e identidade, todos com forte presença de ideias coletivas e otimistas, mesmo diante de cenários que reconhecem crises e urgências.

 

“Ao criar esse projeto, percebemos que falar de futuro é, na verdade, falar de presente. Ferramentas como o ChatGPT e o Sora não substituem nossa criatividade, elas ampliam seu alcance e nos levam além. Saímos da era da criação para viver a era da imaginação coletiva, onde cada ideia enviada carrega o reflexo do que queremos transformar agora. É um exercício de imaginar, mas também de agir”, disse Christian Rôças, CEO da Flint.

 

Nicolas Robinson Andrade, Head of Latam & Caribbean Policy da OpenAI, destacou o papel da tecnologia na amplificação dessas vozes: “Na construção deste evento, buscamos pluralidade, imaginando futuros possíveis, mas sem perder o pé no presente. Não queríamos um tom pessimista nem apenas “maduro” — queríamos esperança, invenção, conexão. Acreditamos que a IA seja para todos e impulsionar a imaginação coletiva nos ajuda a pensar no futuro onde as pessoas, sem exceção, terão acesso a essa tecnologia”.

 

O diretor do Museu do Amanhã, Cristiano Vasconcelos, reforçou a relevância de unir inovação e cultura: “A arte, a ciência, a inovação e a tecnologia sempre estiveram em nosso imaginário quando vislumbramos futuros. Hoje, conseguimos dar concretude a todo esse potencial criativo por meio da inteligência artificial”.

 

Todos os vídeos podem ser vistos na plataforma flint.me/amanhaspossiveis.