Movimento se intensifica com iminência de restrições regulatórias a corantes sintéticos nos Estados Unidos e América Latina, bem como por demanda de consumidores

 

Mudanças regulatórias nos Estados Unidos (EUA) estão colocando em iminência o banimento de corantes sintéticos derivados de petróleo para alimentos e bebidas. O movimento que já acontecia em diversos estados norte-americanos ganhou impulso ao se tornar uma das bandeiras da administração federal. Além disso, órgãos legislativos e regulatórios de diversos países da América Latina estão analisando medidas semelhantes. Adicionalmente, há pressão de consumidores que buscam alternativas mais saudáveis nas gôndolas. Esse contexto impulsiona players da indústria alimentícia na transição para uso de corantes naturais no portfólio de produtos.

 

Paulo Rogério da Silva, head de Aplicações e Assuntos Regulatórios para a América Latina da Oterra, maior produtora mundial de corantes naturais e sustentáveis para alimentos e bebidas, afirma que cresceu o volume de consultas de empresas interessadas na transição para os corantes naturais. “Existe esse movimento por parte da indústria. Grandes marcas estão com esse olhar muito presente no desenvolvimento de novos produtos, com percentual crescente de lançamentos já utilizando corantes naturais. No caso de linhas já existentes no portfólio, percebemos esforços concretos em direção à conversão”, afirma.

 

Segundo Silva, essa jornada, nova para algumas marcas, pode ficar ainda mais fácil com a devida atenção para alguns fatores. Ela pontua seis aspectos importantes na transição dos corantes sintéticos para a coloração natural de alimentos e bebidas.

 

1- pH do produto: a fabricação de alimentos envolve o controle do pH, que incide sobre a funcionalidade do processo de coloração. Encontrar a solução correta impede mudanças na cor e precipitações indesejadas.

 

2- Vitaminas e minerais: a adição desses micronutrientes em alimentos e bebidas pode impactar a estabilidade dos pigmentos. Atualmente, há alternativas de corantes naturais que permitem efetividade técnica na aplicação em diversas circunstâncias.

 

3- Embalagens: usar bem a expertise de aplicação dos corantes ajuda a prevenir manchas de pigmentos nos invólucros.

 

4- Macro nutrientes: elementos como proteínas, gorduras, açúcares e adoçantes interagem com a pigmentação e o uso correto do corante é fundamental para obter o resultado adequado.

 

5- Saborização: a adição de aromas, essências ou extratos para dar sabor aos produtos também pode gerar reação com o sistema escolhido para coloração. Desta forma, é importante o know-how na aplicação para evitar qualquer não-conformidade.

 

6- Compliance regulatório: existe uma parte burocrática na transição, que envolve conhecimento sobre a forma como corantes naturais podem ser utilizados. Em alguns casos, eles podem ser considerados parte dos ingredientes, ao invés de entrar como aditivo. Contar com uma consultoria especializada constitui um grande atalho não só para sinalizar corretamente as informações na rotulagem, mas na documentação necessária.

 

O processamento na fabricação dos produtos na indústria alimentícia pode envolver grandes variações na temperatura e pressão, entre outros fatores que interagem com os ingredientes. Porém, Silva ressalta que o momento é bastante propício para empresas que desejam fazer a transição para corantes naturais.

 

“Atualmente, o mercado conta com amplo conjunto de soluções, que apresenta boa relação custo-benefício, seja por potencial técnico de aplicação estável ou pelo resultado na atratividade visual, com tons intensos e vívidos. No entanto, é preciso escolher bem o parceiro para essa jornada, pois trabalhar em conjunto com especialistas facilita muito o caminho de conversão”, destaca.

 

Para ele, as empresas que estão saindo na frente terão condições melhores de posicionamento no mercado, tanto aquelas que desejam continuar exportando para polos importantes como os EUA, quanto para marcas que buscam ir ao encontro dos anseios de consumidores cada vez mais conscientes em relação à saudabilidade dos alimentos escolhidos.

 

Sobre Oterra

 

A Oterra é a maior produtora global de corantes naturais e sustentáveis para alimentos, bebidas e suplementos alimentares, bem como para alimentação no mercado pet. O primeiro corante foi lançado em 1876 na Dinamarca e, ao longo de sua trajetória, consolidou liderança no segmento por meio de grande foco em pesquisa e desenvolvimento, além de máxima expertise na aplicação de suas soluções. A organização está presente em 27 países com unidades de produção, laboratórios e escritórios e seu portfólio chega a 112 países em todo o mundo para atender a demanda dos consumidores por alimentos seguros, sustentáveis e naturais.

 

Ninguém conhece as cores como a natureza e ninguém conhece as cores da natureza como a Oterra.