Miolo comemora qualidade excepcional da safra em seus terroirs
A Miolo Wine Group comemora sua quinta vindima lendária em oito anos. Depois de 2018, 2020, 2022 e 2023, agora a confirmação da Coleção dos Sete Lendários Safra 2025. Isso porque a qualidade das uvas cultivadas nos vinhedos próprios nas unidades do Vale dos Vinhedos (Vinícola Miolo), Campanha Meridional (Vinícola Seival), e Campanha Central (Vinícola Almadén) entregaram qualidade simultânea, com excelente estado de maturação, sanidade e perfeito equilíbrio entre açúcar e acidez. Agora, todo esforço se volta para o Vale do São Francisco, na Vinícola Terranova (Casa Nova/BA), com o início da colheita neste mês de abril.
Uma característica particular da Safra 2025 foi a forte estiagem no Rio Grande do Sul, principalmente na Campanha Gaúcha, influenciada pelo efeito La Niña nesse verão. A boa notícia é que a qualidade desta safra está entre os destaques dos últimos oito anos, o que confirma vinhos diferenciados. O Diretor Superintendente da Miolo Wine Group, Adriano Miolo, que acompanhou de perto o processo em cada unidade, afirma que “para produzir os vinhos da Coleção Lendários, não basta somente tecnologia e know-how. Precisamos da natureza, a qual nos brindou com cinco safras excepcionais nesses últimos 8 anos, permitindo elaborar esses vinhos com maior constância”. Atualmente, os Lendários disponíveis para comercialização são da Safra 2022. A Safra 2023 ainda está em fase de envelhecimento em barricas nas caves da vinícola, com lançamento previsto para 2026. Já esta nova safra tem previsão de chegada ao mercado em 2028. A pré-venda do Sesmarias 2025 está prevista para iniciar em junho deste ano.
Esta foi a primeira safra da Miolo junto a Bodega Renacer, em Mendoza, na Argentina. Adquirida pela Miolo Wine Group no ano passado, a vinícola encerrou a vindima 2025 com uvas com ótimo saúde e maturação, resultado do equilíbrio entre natureza e manejo do vinhedo.
SAFRA 2025 – Informações de cada unidade da Miolo
Vinícola Miolo – Vale dos Vinhedos
A vindima iniciou dia 06 de janeiro, seguindo-se até 26 de fevereiro. Foram colhidas uvas sãs e em perfeito estado de maturação. Na Miolo, foram colhidas, 474.688 kg de uvas.
O ciclo produtivo iniciou com alto regime de chuvas, que causaram enchentes e deslizamentos de terra, com alguns danos na infraestrutura dos vinhedos. O inverno do ciclo registrou uma média de 416 horas de frio, com temperatura igual ou inferior a 7,2°C. Esse somatório foi suficiente para que todas as variedades, inclusive as mais exigentes, pudessem superar em sua totalidade o período de dormência. Estas horas de frio foram bem distribuídas nos meses de maio a agosto.
A brotação das variedades mais precoces começou na segunda quinzena de agosto. Já a das variedades mais tardias iniciou na primeira quinzena de setembro. A primavera foi marcada por dias com temperaturas amenas, com excelente luminosidade e insolação, precipitação abaixo da média e bem distribuídas (480 mm, somando os meses de setembro a novembro), o que contribuiu para uma boa floração e frutificação das uvas, além de uma menor pressão de doenças fúngicas, resultando em cachos bem formados, com bom número de bagas. Não tivemos eventos de geadas tardias e granizo, que pudessem causar danos aos vinhedos, no período de desenvolvimento.
No mês de dezembro, foram registrados dias com maior precipitação, o que contribuiu para o bom desenvolvimento e crescimento das bagas de forma geral.
No período da colheita, tivemos chuvas abaixo da média e bem distribuídas, somando 85 mm em janeiro e 110 mm em fevereiro, com sol intenso e boa amplitude térmica (11°C diferença do dia para a noite), contribuindo para uma boa maturação e alta qualidade das uvas tintas. Tivemos duas ondas de calor intenso, que resultaram em antecipação da colheita das variedades tardias como Merlot e Cabernet Sauvignon.
Precipitação pluviométrica no período de colheita
Safra 2018
Safra 2020
Safra 2022
Safra 2023
Safra 2025
Total
215 mm
247 mm
150 mm
294 mm
195 mm
DESTAQUES
No caso dos vinhos base espumante a Pinot Noir se destacou. Já nos tintos, o Merlot e Cabernet Sauvignon surpreenderam, alcançando excepcional maturação que originou vinhos nobres com graduação alcóolica acima de 14% vol.
Vinícola Seival – Campanha Meridional
A vindima iniciou dia 09 de janeiro, seguindo-se até 1º de março, com uvas sãs e em perfeito estado de maturação. No Seival, foram colhidas aproximadamente 1.126.616 kg de uvas.
O inverno do ciclo teve um número expressivo de horas de frio (com temperatura igual ou inferior a 7,2°C), superior a 400 horas. Esse somatório, foi suficiente para que todas as variedades, inclusive as mais exigentes, pudessem superar em sua totalidade o período de dormência. Estas horas de frio foram bem distribuídas nos meses de julho, agosto e setembro. A brotação de todas as variedades teve início a partir da primeira semana de setembro. A primavera foi marcada por dias frios, nublados e sem ocorrência de geadas após o início das brotações. Além disso, a estação pode ser descrita com precipitações acima da média.
No mês de dezembro a chuva diminuiu e a região passou pela transição do fenômeno La Niña (pouca chuva). Assim, o início da safra foi marcado por estiagem nos meses de janeiro e fevereiro, com dias quentes, e com duas ondas de calor intenso, fatores que contribuíram para uma antecipação da colheita.
Precipitação pluviométrica no período de colheita
Safra 2018
Safra 2020
Safra 2022
Safra 2023
Safra 2025
Total
65 mm
125 mm
180 mm
103 mm
165mm
DESTAQUE
A Alvarinho e a Chardonnay foram os grandes destaques nas uvas brancas. As tintas precoces, Pinot Noir e Gamay, apresentaram os resultados de um verão caracterizado por La Niña com vinhos frutados, corados e mais encorpados. A Touriga Nacional e a Tempranillo mostraram a sua aptidão natural a verões muitos quentes e secos. Mas o grande destaque foi a Merlot, que originou, naturalmente, vinhos maduros e super tintos.
Vinícola Almadén – Campanha Central
A vindima iniciou dia 14 de janeiro, finalizando dia 07 de março, com uvas sãs e em perfeito estado de maturação. Na Almadén, foram colhidos 3.064.000 kg de uva.
O inverno da Safra 2025 teve um número expressivo de horas de frio com temperatura igual ou inferior a 7,2°C, somando mais de 350 horas, concentradas nos meses de julho, agosto e setembro, o que ocasionou uma brotação uniforme.
A primavera foi marcada pelo fenômeno El Niño, com precipitações acima da média. Contudo, a brotação foi uniforme como esperado. No mês de dezembro, com o advento da mudança do fenômeno para La Niña, as chuvas começaram a escassear e diante de uma forte onda de calor que se manteve por toda a colheita, favoreceu o amadurecimento precoce das uvas.
Precipitação pluviométrica no período de colheita
Safra 2018
Safra 2020
Safra 2022
Safra 2023
Safra 2025
Total
209 mm
199 mm
190 mm
180 mm
218 mm
DESTAQUES
Enologicamente, o destaque das brancas foi para as castas Sauvignon Blanc, Riesling Itálico e Renano. As uvas chegaram saudáveis, com bom ponto de maturação. A Sauvignon Blanc apresentou boa tipicidade, boa intensidade aromática e frescor. A Riesling evidenciou bom volume de boca, boa intensidade aromática cítrica e floral, ambos bem elegantes.
Nos vinhos tintos destaque para as uvas Tempranillo, Merlot e Tannat. Por serem mais precoces, foram colhidas em plena onda de calor de fevereiro. Bem maduras, com madurez polifenólica completa, aportaram aos vinhos taninos redondos, complexidade aromática, volume de boca, boa coloração e estrutura, garantindo vida longa.
Terranova – Vale do São Francisco
O Vale do São Francisco é uma região de clima tropical árido, com variabilidade de clima intra anual, o que permite fazer dois ciclos por ano. Portanto, muito diferente do clima temperado encontrado na Região Sul.
A Safra 2025 inicia agora em abril, estendendo-se até janeiro de 2026.
Está previsto para esta safra, uma produção de 3.000.000 kg de uva.
Esta previsto elaborar o Miolo Testardi Syrah, na colheita de inverno, durante os meses de junho e julho deste ano, onde se consegue a maior concentração de aromas e corpo dos vinhos, devido ao clima mais ameno neste período, com noites frias.
Bodega Renacer – Luján de Cuyo (Mendoza – Argentina)
Com vinhedos situados entre 900 e 1.200 metros sobre o nível do mar (Perdriel, Luján de Cuyo e no Vale de Uco), no coração da vitivinicultura argentina, aos pés da imponente Cordilheira dos Andes, o Ciclo Vitícola 2024-2025 foi marcado por condições climáticas particulares, que influenciaram o desenvolvimento e a qualidade das uvas. Ao longo da temporada, foram monitorados e analisados fatores-chave como o clima, a evolução fenológica, o manejo da videira e os resultados da colheita, com o objetivo de garantir vinhos de excelência, reflexo do terroir único desta região.
O período foi caracterizado por condições climáticas que favorecem a qualidade da produção, embora com alguns desafios que exigem estratégias de manejo específicas. A amplitude térmica, marca da região, foi essencial para a expressão aromática e estrutural das uvas.
O inverno de 2024 foi muito frio, com abundantes nevadas na Cordilheira, garantindo uma boa reserva hídrica para o vinho e favorecendo uma brotação uniforme na primavera, marcada por temperaturas dentro dos valores normais, com alguns eventos que afetaram levemente a evolução do vinho. Em setembro, geadas e a presença de vento Zonda (quente, seco e intenso), o que reduziu levemente a floração e a formação de frutos, contribuindo para uma maior concentração nos vinhos.
Durante o verão, semanas com temperaturas superiores às habituais (em janeiro e fevereiro), o que inicialmente acelerou a maturação, mas posteriormente desacelerou devido ao estresse térmico. No final de fevereiro e março, o clima se estabilizou, favorecendo o equilíbrio na maturação das uvas.
A vindima iniciou dia 05 de fevereiro, finalizando dia 10 de abril. Na Renacer, foram processados 950.000 kg de uva.
O vinho apresentou um desenvolvimento fenológico de acordo com as condições climáticas, com algumas configurações nos tempos de maturação devido às ondas de calor.
A combinação de um inverno frio, uma primavera equilibrada e um verão com oscilações térmicas resultou em uvas com qualidade excepcional. A vindima 2025 é superior a dos anos anteriores em termos de concentração aromática, acidez natural e estrutura fenólica, o que permite a elaboração de vinhos de grande carácter e potencial de guarda.
O ciclo vitícola 2024-2025 foi uma demonstração do equilíbrio entre a natureza e o manejo preciso da videira. A combinação de fatores climáticos e o trabalho na vinha permitiram obter uvas com ótima saúde e maturidade, garantindo vinhos com grande expressão e autenticidade.
MIOLO WINE GROUP – NÚMERO TOTAIS SAFRA 2025
Kg de uvas: aproximadamente 8.615.304 kg
