
Geriatra reforça importância do consumo de leite e derivados para manter ossos fortes, massa muscular e prevenir doenças crônicas
Uma pesquisa publicada pela Periódicos de Psicologia, denominada Caracterização do consumo de leite em idosos, evidenciou que, ao considerar a fragilidade fisiológica da população dessa faixa etária, o consumo do leite pode ser transformador. De acordo com o estudo, o alimento possui alto valor biológico necessário para atender as demandas do público idoso. Nesse contexto, torna-se essencial enfatizar a importância do consumo do leite na terceira idade, especialmente no Dia dos Avós.
Comemorado em 26 de julho, a data é uma oportunidade para valorizar o cuidado com quem tanto cuidou. Uma das formas mais simples de demonstrar esse afeto é promover hábitos saudáveis para a longevidade. O consumo regular de leite e derivados, por exemplo, é um importante aliado da saúde na terceira idade, como explica a geriatra Dra. Sarah Melo, que atende no Centro Clínico Órion Complex, em Goiânia.
“O consumo de leite pode ser bastante importante na terceira idade, desde que bem tolerado e inserido em um contexto alimentar equilibrado. Isso porque o leite é uma fonte rica de nutrientes essenciais para os idosos, como cálcio, proteínas de alto valor biológico, vitamina D, potássio e fósforo”, destaca a médica.
De acordo com a especialista, o leite pode atuar na prevenção de doenças frequentes na velhice, como a osteoporose, a sarcopenia (perda de massa muscular) e até na regulação da pressão arterial. “Vejo na prática clínica muitos idosos com perda de massa magra ou densidade mineral óssea reduzida. Nesses casos, o consumo de leite e seus derivados, aliado a um plano alimentar equilibrado e à prática de atividade física, pode ser decisivo para a manutenção da autonomia”, pontua.
Leite: qual escolher?
A escolha do tipo de leite deve considerar o perfil de saúde de cada pessoa idosa. Segundo a Dra. Sarah, o leite semidesnatado costuma ser a melhor opção para a maioria, equilibrando teor de gordura e manutenção de vitaminas lipossolúveis. Já o leite integral é indicado em casos de baixo peso ou desnutrição, enquanto o desnatado pode ser uma escolha para pessoas com colesterol alto ou doenças cardiovasculares.
A recomendação geral é consumir de 2 a 3 porções diárias de laticínios, o que pode incluir leite, iogurte e queijos brancos. “Mas tudo deve ser ajustado à realidade de cada idoso, considerando intolerâncias, preferências e interações com medicamentos”, lembra.
Produção com qualidade e segurança
Além de nutritivo, o leite UHT (de caixinha) mantém suas propriedades intactas, como destaca o diretor geral da Marajoara Laticínios, Vinícius Junqueira. “Nosso leite passa por processos rigorosos de qualidade e é envasado de forma asséptica, garantindo segurança alimentar sem comprometer os nutrientes que são tão importantes para todas as idades, e especialmente para os idosos”, explica.
Segundo ele, o leite cru chega à fábrica em até 12 horas após a ordenha, passa por análises e só então é pasteurizado, esterilizado e envasado. “O processo UHT é o que garante que o leite seja seguro para consumo, livre de micro-organismos patogênicos e sem a necessidade de aditivos”, completa.
Vinícius ainda reforça que o leite de caixinha não possui nenhuma substância tóxica, como o formol, conforme já atestado pelo Ministério da Agricultura e pela Anvisa. “Desinformação sobre esse tema é prejudicial para todas as faixas etárias, mas especialmente para as mais vulneráveis, como as crianças e os idosos”, alerta.
Envelhecer com saúde é um ato diário
Por fim, a Dra. Sarah ressalta que bons hábitos à mesa fazem diferença na qualidade de vida dos idosos. “Envelhecer com saúde é um ato contínuo de autocuidado e dignidade. O leite pode ser um ótimo aliado, mas ele deve estar dentro de um contexto que priorize alimentos in natura, hidratação adequada, consumo de fibras, proteínas e refeições equilibradas ao longo do dia”, orienta.