
Primeira grande exposição institucional da artista no Brasil terá caráter imersivo e sensorial, com obras inéditas e arquitetura adaptada para ampliar a experiência do público
O Ministério da Cultura, via Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet), o Nubank, na cota de Mantenedor Institucional, e o Instituto Tomie Ohtake têm o prazer de anunciar Marina Perez Simão – Diapasão, a primeira grande exposição institucional da artista no Brasil. Em cartaz de 15 de agosto a 19 de outubro de 2025, a mostra tem curadoria de Paulo Miyada e conta com o patrocínio do NEON na cota prata e apoio da Mendes Wood DM.
Diapasão, título da exposição, remete ao instrumento que serve de referência para afinação. No contexto da mostra, ele aponta para a experiência visual como um sentido que pode afinar nossa percepção do espaço, da cor e da matéria. Com cerca de 80 trabalhos entre pinturas, aquarelas e cadernos de estudos, a mostra reafirma o compromisso da instituição em ampliar o acesso à produção artística contemporânea e integra uma trajetória de exposições que destacam a força inventiva de artistas mulheres – Anna Maria Maiolino, Vânia Mignone, Iole de Freitas, Maria Lira Marques, Mira Schendel e Patrícia Leite são os exemplos mais recentes.
Considerada uma das maiores coloristas de sua geração, a artista explora luz, cor, textura e movimento, criando composições de forte impacto visual e emocional. Seu trabalho se destaca pela capacidade de envolver os sentidos, resultado de um enfoque sinestésico presente em toda a sua produção. A exposição propõe uma experiência de profunda interação com o público, convidando-o a um mergulho cromático e perceptivo em sua obra.
Não por acaso, a mostra ocupa a maior sala do Instituto Tomie Ohtake, cuja arquitetura foi modificada especialmente para a ocasião, expandindo a curva característica do espaço, alterando a percepção do visitante. A montagem induz esse percurso para expor os últimos quinze anos de produção da artista, especialmente o movimento de transição do desenho e das aquarelas de estudo para as grandes pinturas a óleo criadas entre 2024 e 2025 que, segundo a curadoria, envolverão o público numa ondulação cromática contínua.
Embora guiadas por pinceladas fluidas, essas grandes pinturas resultam de dinâmicas cuidadosas, que envolvem planejamento, experimentação e combinação de elementos formais. O processo criativo passa pela produção de dezenas de estudos em aquarela, nos quais a artista explora possíveis composições, cores e atmosferas. Esses estudos não são diretamente traduzidos para as telas, mas funcionam como ensaios visuais que alimentam a produção simultânea das pinturas multicoloridas. A artista utiliza gestos amplos e cores previamente definidas para criar campos que se justapõem ou se sobrepõem, formando superfícies vibrantes e ressonantes.
Como afirma Paulo Miyada no texto curatorial, “Cada cor, escolhida e preparada antes de encostar na tela, define um campo, uma onda, um órgão da pintura, o qual se justapõe ou sobrepõe a outros campos, ressoando em uníssono, sem se diluir ou se confundir… O efeito mesmerizante de cada pintura passa pelas relações de proporção entre as áreas de cor, assim como de proximidades e distâncias tonais dentro das suas relações de complementariedade… Assim, forma-se uma obra que, antes mesmo de ser uma imagem, é uma presença material que rebate a luz intensamente, de modo estimulante aos sentidos”, conclui.
SERVIÇO
Marina Perez Simão – Diapasão
Curadoria: Paulo Miyada
Em cartaz de 15 de agosto a 19 de outubro de 2025
De terça a domingo, das 11h às 19h [última entrada até 18h]
Entrada franca
Instituto Tomie Ohtake
Av. Faria Lima 201 (Entrada pela Rua Coropé, 88) – Pinheiros SP
Metrô mais próximo – Estação Faria Lima/Linha 4 – amarela